o estudo da historia
Sem história não há como estabelecer referencias de presente nem de futuro. A história se constrói com as marcas sociais e culturais de um período. Além de fatos e datas, preocupa-se com as pessoas, que em seus cotidianos, mostram suas formas de convívio.
Cada tempo histórico elegeu a memória de sociedade que deveria ser lembrada: dos grandes heróis, dos reis, das primeiras famílias. Hoje as pesquisas históricas buscam conhecer as vozes esquecidas. Deve-se entender a história como algo vivo, que está em constante formação e transformação. Novas descobertas arqueológicas, por exemplo, podem modificar o que se conhece sobre as antigas civilizações.
O conhecimento histórico se constrói por meio das fontes que são a matéria-prima do historiador. Tudo o que permite o estudo do passado pode ser considerado fonte histórica, mas a fonte por si só não pode dizer nada sobre o passado. Ela depende da interpretação dada pelo historiador.
Ao fluxo de constantes transformações de visões de mundo, de maneiras de se relacionar socialmente, de mudanças políticas e culturais dá-se o nome de processo histórico.
O historiador Walter Benjamin, diz que “Os que, num momento dado dominam, são os herdeiros de todos os que venceram antes”. Em outras palavras, não se pode ficar somente na versão da história dos vencedores, mas deve-se buscar também a história dos vencidos.
A mudança referente a práticas e métodos de pesquisas da história deve-se, em grande parte, à escola dos Annales, autodenominada Nova História, fundada em 1929, pelos historiadores Marc Bloch e Lucien Febre, que transformou a antiga concepção positivista. Novas fronteiras se abriram para se estudar a história de eventos cotidianos e das representações produzidas pelas sociedades.
A história não é somente o estudo do passado, mas sim a memória e rememoração do que se quer lembrar desse passado por meio de uma interpretação. Assim, o passado é uma constante produção do presente.