O Estudante, os estudos, e a Questão Social
A Plena compreensão da Questão Social como fenômeno social de caráter histórico, resultante de uma determinada forma de organização social (capitalistas) e suas condições materiais de existência (relações sociais contraditórias), é tributária do entendimento critico das relações sociais imanentes do modo de produção capitalistas em suas diversas expressões, assim como das necessidades especificas e objetivas de cada conjuntura. Compreender os processos de reprodução da vida na Sociedade Capitalista é retirar o véu que cobre a realidade, olhar o que se oculta por traz da propaganda, ir além do senso comum, da simples constatação imediata dos sentidos, é atribuir a realidade, através das possibilidades do exercício humano mais peculiar (a abstração), a dimensão histórica do mundo, de seus objetos, de suas produções e processos.
Mesmo que o ideal seja diferente, ainda há um lugar privilegiado para o desenvolvimento de tal pensamento critico, a universidade.
Não podemos desconsiderar o fato de que, como forma essencial da reprodução das relações sociais, a educação não esta isenta do processo geral de retrocesso social á que esta sendo submetida à Sociedade como um todo. Os diversos projetos que buscam de certa forma “flexibilizar” os processos educativos, sob a ideologia da universalização do direito, escondem uma dupla determinação mercadológica, diminuição de custos, que é também usada como legitimação e a precarização da educação como forma de manutenção da ordem imposta.
Neste contexto, as Universidades enfrentam, ou melhor, àqueles que lutam pelo direito universal à educação, testemunham o abandono do ensino público á lógica do mercado, as instituições privadas regendo as diretrizes educacionais, direcionando o ensino para o atendimento das demandas de mercado, a tecnificação do conhecimento, a segmentação, enfim, a perda do caráter “universal”.
Os estudantes universitários, principalmente os estudantes de