O estranho na moda
Fichamento
1. Introdução
“Cindy Crawford, Linda Evangelista, Claudia Schiffer, Christy Turlington e Naomi Campbell eram disputadas pelos mais consagrados estilista e pelas mais importantes revistas mundo afora.”
“A fase seguinte optou pela imagem oposta, sustentada pelo princípio de transgressão e fez valer a aptidão da moda por paradoxos. Longe de obscurantismos, a busca era, preferencialmente, pela imagem que captava a tenção por ser mais chocante. (...) O luxo passou a ser decadente, o perfeito foi substituído pelo imperfeito, palácios foram trocados por cenários deteriorados, a mulher estonteante saiu de cena para abrir espaço ao corpo adolescente, com pernas e braços longos e finos, personificada especialmente pela modelo Kate Moss. Espécie de negação de todo o século XX.”
“Temas como as drogas, a morte, os fantasmas, os suicidas, os excluídos eram retratados em modelos cujos corpos exibiam aspecto subnutrido e doentio, paradoxalmente ao mesmo tempo em que a medicina estética e a mídia celebravam o culto à juventude eterna fomentado por promessas milagrosas vindas de novas descobertas.”
“Tudo que cerca o corpo o contamina imperceptivelmente, e uma sinfonia de sensações vai se compondo infinitamente em suas cordas nervosas. O corpo se revela como música das vibrações do mundo” – Suely Rolnik
“O corpo como suporte para a criação não só da roupa, mas da imagem intoxicada pelo imaginário social é o objeto deste estudo.”
“Visto como antimoda reflete o presente em questões ligadas à ética e à política para o fórum global e multicultural das passarelas.”
“A alma do processo de moda: a transitoriedade cíclica das tendências. Ou seja, para que surja uma nova tendência, a anterior precisa morrer; uma nova tendência extrema surge centrada exatamente no contrário da anterior, trazendo, assim, a impressão de novo.”
“Transformou em glamour o antiglamour.” 2. Capítulo 1
“Pela primeira vez a moda encontrou-se coberta por um manto de