O Estranho 1919 Freud
NOTA DO EDITOR INGLÊS
DAS UNHEIMLICHE
(a)EDIÇÕES ALEMÃS:
1919 Imago, 5 (5-6), 297-324.
1922 S.K.S.N., 5, 229-73.
1924 G.S., 10, 369-408.
1924 Dichtung und Kunst, 99-138.
1947 G.W., 12, 229-68.
(b)TRADUÇÃO INGLESA:
‘The “Uncanny”’
1925 C.P., 4, 368-407. (Trad. de Alix Strachey.)
A presente tradução inglesa é versão consideravelmente modificada da publicada em
1925.
Este artigo, publicado no outono de 1919, é mencionado por Freud numa carta a
Ferenczi de 12 de maio do mesmo ano, na qual diz que desenterrou um velho texto de uma gaveta e o está reescrevendo. Não se sabe quando foi originalmente escrito e o quanto mudou, embora a nota citada de Totem e Tabu, na pág. 300, adiante, mostre que o tema já estava presente em sua mente em 1913. As passagens ligadas a ‘compulsão à repetição’ (ver em [1] e segs.) devem, de qualquer maneira, fazer parte da revisão. Esses trechos incluem um resumo de boa parte do conteúdo de Além do Princípio de Prazer (1920g) e falam deste como ‘já concluído’. A mesma carta a Ferenczi, de 12 de maio de 1919, anunciava que um rascunho desse último trabalho estava terminado, ainda que, de fato, o livro só tivesse sido publicado um ano mais tarde. Mais detalhes serão encontrados na Nota do Editor Inglês a Além do Princípio de Prazer, Edição Standard Brasileira, Vol. XVIII, pág. 13, IMAGO Editora, 1976.
A primeira seção do presente artigo, com a sua extensa citação de um dicionário alemão, apresenta especiais dificuldades para o tradutor. Espera-se que os leitores não se deixem desencorajar por esse obstáculo preliminar, pois o artigo está cheio de material importante e interessante e vai muito além dos tópicos simplesmente lingüísticos.
O ESTRANHO
I
Só raramente um psicanalista se sente impelido a pesquisar o tema da estética, mesmo quando por estética se entende não simplesmente a teoria da beleza, mas a teoria das qualidades do sentir. O analista opera em outras camadas da vida mental e pouco tem a ver com os impulsos