o estigma e a homossexualidade no meio escolar
A homossexualidade apesar de ser um tema tão presente nas rodas de discursão na atualidade ainda é um tema polêmico e difícil de ser abordado, principalmente no ambiente escolar, onde os pais ou até mesmo os professores se sentem receosos e constrangidos de tratar deste tema com os adolescentes. De acordo com os dados colhidos a partir da aplicação de questionários aos professores de diferentes escolas públicas e particulares, vemos que apesar da suposta aceitação da homossexualidade no ambiente escolar, a escola não se preocupa em desenvolver com os alunos algum tipo de projeto que incentive o respeito e a interação dos jovens heterossexuais com os jovens homossexuais. Como sabemos as escolas são para os adolescentes não apenas um ambiente de aprendizado, mas um círculo social onde todos sentem a necessidade de serem aceitos e bem vistos naquela pequena sociedade que se desenvolve no ambiente escolar. Nesse ambiente ocorre o fenômeno que Erving Goffman define em seu livro Estigma : notas sobre a manipulação da identidade deteriorada, como contatos mistos, onde há a interação das pessoas ditas normais com as pessoas que possuem um estigma, que seria este em nosso caso de estudo, a homossexualidade. Os contatos mistos carregam consigo uma série de consequências, entre elas a não aceitação dos estigmatizados no meio em que estão inseridos, ou até consequências mais drásticas que seriam as diversas formas de agressão verbal e física.
Em um ambiente escolar, os professores, diretores e todos os funcionários devem estar preparados para lidar com esse tipo de situação e para orientar os alunos a manterem o respeito. Uma deficiência que se nota no sistema de ensino é a falta de uma matéria de educação sexual da grade curricular dos alunos, ou até a falta de desenvolvimento de algum projeto que incentive a questão do respeito e da tolerância nas escolas. Alguns dos professores que responderam aos