O estigma da pobreza e o cadastro de reservas

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O estigma da pobreza
O Estado mostra-se incompetente no combate à pobreza. A imprensa exibe em cores cada vez mais realistas a indigência da população pobre. A pobreza dos países em desenvolvimento se transforma em manchete internacional. Cada vez mais a pobreza é estigmatizada. A violência e a agressividade aumentam, levando ao medo e à insegurança da população. Generalizam-se medidas arbitrárias de violência e brutalidade, as chacinas, os linchamentos e os assassinatos.
Diferentes estudos procuram tratá-la como um fenômeno dissociado da sociedade. Chegou-se a falar em “cultura da pobreza”, referindo-se assim aos mecanismos próprios de sociabilidade criados pelos excluídos dos benefícios da civilização tecnológica. Apenas as análises econômicas, têm procurado alertar para o fato de que a população carente representa uma fragilidade e uma ameaça à estrutura social como um todo. O preconceito que recai sobre a pobreza não ajuda a encontrar soluções para o problema. Por mais eficiente que o sistema liberal seja para o desenvolvimento da sociedade tecnológica e do capital, não podemos esquecer que eles têm graves conseqüências para os pobres – que sem nada possuir estão sendo protagonistas na acumulação de bens e riqueza por parte dos grupos dominantes.
Um exército reserva?
Karl Marx criou o conceito de “exército industrial de reserva”. O qual afirmava que em épocas de conflito da classe trabalhadora essa massa sem qualificação, sem emprego, sem assistência, os marginalizados das cidades são um reduto de mão-de-obra barata que anseia por uma situação regular. Essa teoria analisa a marginalidade como parte do sistema e não como um elemento exterior a ele; em contrapartida, explica o preconceito e a desconfiança que vitimam a população carente, como também a violência de que essa parcela da sociedade é alvo. Atualmente essa teoria precisa ser reavaliada. Novas relações e novos conceitos de trabalho emergem no mundo: terceirização, trabalho autônomo, desemprego,

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