O estatuto moral dos animais não humanos
O estatuto moral dos animais não humanos
Introdução
No âmbito da disciplina de Filosofia 10º ano, foi-nos proposto trabalhar o tema: “O estatuto moral dos animais não humanos”, cujo tema incide com o capítulo 7: “Temas/Problemas do Mundo Contemporâneo”.
Ao longo da história da humanidade os animais têm sido utilizados para muitos fins como a alimentação, teste a vários produtos cosméticos, para experimentação na investigação científica, para testes de vacinas e farmacêuticos, para a satisfação humana em espectáculos (circos, touradas, jardins zoológicos) e para vestuário. Isto não é motivo de orgulho pois tratamo-los com desprezo e como meras coisas ao nosso dispor.
É suposto serem os melhores amigos do Homem, mas muitas vezes não são tratados como tal. Diariamente os animais são espancados, atirados de pontes, afogados, queimados, mutilados para rituais satânicos e até violados.
Actualmente, os filósofos começaram a dar mais atenção ao problema de saber como devemos tratar os animais não humanos. Como alguns dos filósofos que vamos falar.
A perspectiva tradicional
Segundo esta perspectiva os animais não humanos não têm estatuto moral. Esta perspectiva baseia-se numa visão teleológica, segundo a qual os animais foram cuidados para o nosso benefício. Os seus principais defensores foram: Aristóteles, S. Tomás de Aquino e Immanuel Kant.
Kant (e todos os outros) afirmava que os animais não têm consciência de si e existem apenas como meio para um fim. Embora não tenhamos propriamente deveres em relação aos animais não humanos de certas maneiras.
Kant (e todos os outros) reconhece também que os animais não humanos não se assemelham a nós em aspectos importantes e apesar de não termos quaisquer deveres directos em relação aos animais é errado infligir dor e sofrimento neles. Kant menciona que a principal razão pela qual não devemos maltratar os animais é que poderá nos levar a maltratar também os outros