A ação da comunicação social funciona como legitimadora da sociedade capitalista, pois amplia a eficácia da ideologia dominante, aprovando e mantendo a estrutura sócio-econômica, sem a monopolização (mas de certa forma há, já que geralmente se trata de empresas privadas) e a opressão da oposição. Os meios de comunicação possuem essa ação por estarem intrinsecamente ligadas ao cotidiano da população e assim a propaganda ideológica veicula normas sócias vigentes; aumenta o conformismo; omite oculta e afasta “questões básicas e contraditórias da estrutura social” , limitando a ação da população bloqueando uma avaliação crítica da sociedade, e que motiva ou origina uma passividade reconhecida no conformismo. Entretanto, “o reconhecimento da efetiva influência” sobre a população não está ligada com a percepção de que o mesmo podem ser apreendidos de maneiras vagos ou inconsistentes, não obtendo o resultado desejado pelo veículo divulgador ou pelas forças sócio-políticas, e não objetivamente uma relação automática entre comunicação e efeito. Há, portanto, uma seleção de padrões culturais, cenas e elementos, que para obter o efeito desejado, são repetidos e de forma dramática, assegurando a presença dos mesmos no cotidiano. A historiadora Silvana Goulart tem como objetivo a análise dos processos, conjunturas e atores, no caso o Estado, que conduziram a monopolização dos meios de comunicação social entre 1930 e 1945 e que procurou eliminar a contra-propaganda e difundir aspectos característicos do Estado Novo, como a unidade nacional, a harmonia social, o intervencionismo econômico e a centralização política. O Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, tinha como função a centralização e coordenação da comunicação social do Estado Novo, objetivando a aceitação em relação ao novo regime político, implicando em uma imposição ideológica, que atingiu diferentes segmentos da sociedade.
Classes trabalhadoras Às classe trabalhadoras urbanas, optava-se pelo