O Estado liberal

O Estado Liberal

1. Fundamentos sociológicos

Reale considera como requisitos para experiência da modernidade, o estudo da formação histórica do Estado Liberal com recuo até aos últimos séculos da Idade Média quando se verificaram as centralizações monárquicas e se alargaram centros burgueses, lançando ali os alicerces político e financeiros dos estados modernos. Importaria ainda, no exame do longo complexo processo espiritual europeu que vai do Renascimento e a Reforma até as Revoluções do século XVIII.
A genealogia do poder soberano atinge o século XVIII, com exceção da Grã-Bretanha, que fizera sua revolução no século XVII, as monarquias absolutas reinavam em todos os Estados em funcionamento no continente Europeu.
O enfrentamento às limitações à criação do estado Direito será desenvolvida em várias frentes com três grandes marcos da era das revoluções: a Inglaterra em 1688, Estados Unidos em 1776 e a Revolução Francesa de 1789. O amplo reconhecimento da revolução francesa marca o ponto de ingresso do homem na contemporaneidade.
A presença do estado como forma política correlata do aparecimento do capitalismo, da burguesia mercantilista, do livro impresso, da administração nacional, dentre outros. A marca mais profunda, no entanto é a forte vinculação do Estado nascente com a burguesia politicamente emergente; uma burguesia deliberada a pleitear o domínio político da sociedade francesa. Essas forças faziam a revolução em nome do terceiro estado. O certo é que, nas conjunturas iniciais do século XIX, não podia vingar no continente europeu, se não o individualismo racionalista da civilização burguesa. O mesmo acontecia na Inglaterra e nos Estados Unidos a margem da direta influência da Revolução Francesa.
A Europa se renderia a um novo tempo a França forneceu um vocabulário e os temas da política liberal e radical – democrático para a maior parte do mundo; deu o primeiro grande exemplo criando o conceito e o vocabulário do nacionalismo. A