O estado do bem estar

O estado do bem-estar social O bloco dos países capitalistas, após a Segunda Guerra Mundial, tentou reconstruir a economia ocidental sob novas bases. Então inventaram a forma de organização estatal chamada de Estado Do bem-estar Social ou simplesmente Estado Social. Por um lado, esse modelo permitia enfrentar os movimentos de trabalhadores que exigiam melhores condições de vida e, por outro, as necessidades do capital, que buscava alternativas para a construção de uma nova ordem econômica mundial diante do bloco socialista. As bases teóricas do Estado do bem-estar social foram apresentadas na década de 1930. A teoria começou a ser esboçada quando o governo estadunidense estabeleceu políticas para sair da profunda depressão desencadeada pela crise de 1929. Ela se consolidou nos Estados Unidos e em boa parte da Europa no período posterior à Segunda Guerra Mundial. Tinha como finalidade e característica básica a intervenção estatal nas atividades econômicas, regulando-as, subsidiando-as, executando grandes investimentos e obras, redistribuindo rendimentos, visando sempre, pelo menos teoricamente, ao bem-estar da maioria da população. A idéia era romper com o centenário princípio do liberalismo, que rejeitava qualquer função intervencionista do Estado. Os capitalistas modernos propunham moradia digna, educação básica publica, assistência à saúde, transporte coletivo, lazer, trabalho e salário, seguro-desemprego, enfim, um mínimo de bem-estar econômico e social. Tudo isso com investimento do estado, que redimensionava suas prioridades para proporcionar trabalho e algum rendimento à maior parte da população, a fim de que ela se tornasse consumidora e, assim, possibilitasse a manutenção da produção sempre elevada. Isso foi chamado de “cidadania do consumidor”. Nos países periféricos, como os da América Latina, o que se viu foi uma variedade de formas governamentais, entre as quais as ditaduras que se implantaram por meio de golpes militares.