O Estado de Natureza segundo Locke
O médico e filósofo John Locke era empirista, ou seja, negava as ideias inatas, afirmando que a mente é uma tábula rasa (folha em branco). Isto significa que todas as pessoas nascem sem saber nada e que aprendem pela experiência.
Em relação à política, Locke afirmava que o Estado de natureza humana era o estado de IGUALDADE, em que os homens tinham a liberdade de regular suas ações e dispor seus bens, conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei da natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem. Surgiria assim, a necessidade de uma autoridade externa, imparcial e impessoal que possa julgar os homens frente ao seu estado de natureza, com isso nasce o: GOVERNO CIVIL
A filosofia política de Locke fundamenta-se na noção de governo consentido, pelos governados, da autoridade constituída e o respeito aos direitos naturais do ser humano: Igualdade, Liberdade e Propriedade. Locke influencia, portanto, as modernas revoluções liberais: a inglesa em sua segunda fase (a revolução gloriosa), a Americana e a fase inicial da francesa, oferecendo-lhes uma justificação da revolução e da forma do novo governo.
O liberalismo de Locke
Locke foi um precursor da democracia liberal, dada a importância que atribui à liberdade e à tolerância. Suas ideias fundamentaram as concepções de democracia moderna e de direitos humanos tal como hoje é expressa em várias constituições, incluindo o Brasil.
A política liberal foi o resultado de acontecimentos econômicos e sociais que impuseram mudanças na concepção do poder do Estado, considerado instituído pelo consentimento dos indivíduos através do contrato social.
Essas mudanças ocorreram através das revoluções burguesas, que mudaram as estruturas políticas, econômicas e sociais.
As teorias liberais separam o Estado e a sociedade civil. O Estado é uma instituição impessoal de dominação (impõe obediência), de estabelecimento e aplicação das leis, como garantidor da