O ESTADO DE NATUREZA PARA HOBBES, LOCKE E ROUSSEAU
A concepção de estado de natureza, se dá para tentar explicar o modo como os homens viviam no antes das leis e da organização de sociedade.
O estado de natureza de Hobbes é explicado por uma citação clássica, “O homem é o lobo do próprio homem. ” Para Hobbes, o estado de natureza se caracterizava pela existência da disputa entre o mais forte e o mais fraco, criando assim o medo da morte violenta, principal característica do estado de natureza.
Ao contrário de Hobbes, Rousseau acreditava na existência do “bom selvagem”, colocando o estado de natureza como indivíduos vivendo isolados em florestas, sobrevivendo com o que a natureza lhes fornece, não existindo disputas, e se comunicando através de gestos, em uma língua benevolente. Nesse estado de felicidade original não existiria propriedade, assim, a paz se destituiria com o início da propriedade privada, dando origem ao estado de sociedade que corresponde ao estado de natureza de Hobbes.
Para Locke, o estado de natureza é um estado igualitário, onde os homens podem regular suas próprias ações dentro dos limites da lei da natureza, sem que para isso tenha que pedir permissão de nenhum outro homem. A natureza do homem de Hobbes
O direito natural, a que muitos autores comumente chamam jus naturale, é a liberdade que cada homem tem de utilizar seu poder como bem lhe aprouver, para preservar sua própria natureza, isto é, sua vida; consequentemente, é a liberdade de fazer tudo aquilo que, segundo seu julgamento e razão, é adequado para atingir esse fim.
(Leviatã, cap. XIV, p. 97)
Para Hobbes, a natureza fez os homens iguais, motivo pelo qual nenhum pode triunfar de maneira total sobre o outro. Mesmo semelhante, os homens possuem desejos diferentes, que se não foram externados, não dará ciência dos seus desejos aos outros homens, fazendo com que uns criem suposições a respeito dos desejos alheios, forçando os homens a atacar e vencer uns aos outros para assim