O estado brasileiro e as politicas educacionais
Impossível pensar a educação fora do aspecto da contradição que põe lado a lado a mudança e a permanência, que impõe novas formas de trabalho no interior da mesma relação de produção, que aciona velhas atitudes apenas maquiadas pelo velho dogma do mercado. A política educacional é um conjunto de medidas agilizadas e sistematizadas pelo Governo para atuar, com maior eficiência, nos mecanismos de produção, distribuição e consumo de bens já instituídos ou em constante renovação. Educação implica em formação do homem e compreende inúmeros processos, dentre eles, os ativados pela própria escola em seus diferentes graus, modalidades, estratégias ou técnicas. A educação pleiteia mudanças nos homens. A escola, ou a formação do homem, é vista como um complexo e largo processo humano prenhe de possibilidades contraditórias, posto que, pode encaminhar comportamentos e atitudes favoráveis a atualização das formas de trabalho, adjetivando esta atualização de progresso, sem levar em consideração que este progresso pode ser apenas o desenvolvimento natural da mesma ordem social. A educação consiste, em ter como objeto o homem capaz de produzir a sua própria vida, capaz de responder por sua subsistência com o padrão de excelência desejado, nunca inferior, pelo menos nos ideais, ao conquistado no momento anterior. Esse entendimento pode ser traduzido como uma impossibilidade imediata de se pensar a educação ou o ensino independentemente da categoria trabalho ou dos caminhos que a economia toma ao longo do seu desenvolvimento. Falar em políticas educacionais implica, na verdade, em trazer informações sobre o passado (organização do capital) e, cotejar a forma de ser do presente (reorganização do mesmo sistema produtivo). Nessa busca de continua superação das condições de vida, fica claro o quanto o passado é indispensável para a compreensão do presente, para o entendimento de