O espírito das leis - montesquieu
Montesquieu
Charles-Louis de Secondat, Barão de La Brède e de Montesquieu, nasceu no castelo de La Brède, mais ou menos a cinco léguas de Bordéus, em 18 de janeiro de 1689, na França. Recebeu educação refinada, sendo orientado nas melhores instituições francesas, inclusive, uma das instituições que estudou foi nos Oratorianos de Juilly, onde adquiriu sobretudo o gosto pelo estudo da História. No decorrer de seu crescimento, foi ocupando alguns cargos na burocracia do Estado, entretanto logo entediou-se, percebendo que o que realmente lhe agravada era o estudo, principalmente da História. Montesquieu foi um homem muito fluente da sua época, relacionou-se amplamente com os círculos políticos da capital britânica, tornou-se maçom e recebeu todo o importante influxo do pensamento inglês, característico do Iluminismo. Em 1721, Montesquieu publica sua primeira obra: As Cartas Persas, uma série de escritos que vêm satirizar a sociedade francesa de sua época. Quando este seu primeiro trabalho, já conseguiu bastante notoriedade, tanto por admiradores, como por críticos ferozes. Aqui neste trabalho, entretanto, não vamos analisar o aspecto literário da obra de Montesquieu; voltaremos a atenção para o lado político de seu obra, o caminho voltado para o estudo da ciência, ou seja, analisaremos a sua mais extensa obra: O Espírito das Leis. Neste livro, que Montesquieu dedicou vinte anos de sua vida, encontramos uma análise extensa e profunda da estrutura e da conexão interna dos fatos humanos, formulando um rigoroso esquema de interpretação do mundo histórico, social e político.
Montesquieu procura comparar aspectos inter-relacionados, deixando a distinção entre esses aspectos: começa por excluir da ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; depois afasta o autor das teorias abstratas e dedutivas e encaminha-se para a abordagem descritiva e comparativa dos fatos sociais.
Montesquieu objetiva, em O Espírito das Leis, examinar os