O espaço e suas representações
A projeção cartográfica é definida como um tipo de traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas. A representação da superfície terrestre em mapas, nunca será isenta de distorções. Nesse sentido, as projeções cartográficas são desenvolvidas para minimizarem as imperfeições dos mapas e proporcionarem maior rigor científico à cartografia.
Cartografia (do grego chartis = mapa e graphein = escrita) é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. O vocábulo foi pela primeira vez proposto pelo historiador português Manuel Francisco Carvalhosa, 2.º Visconde de Santarém, numa carta datada de 8 de Dezembro de 1839, de Paris, e endereçada ao historiador brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen, vindo a ser internacionalmente consagrado pelo uso.
No Brasil, a cartografia teve seu desenvolvimento a partir da Segunda Guerra Mundial em função dos interesses militares. Instituições como os atuais Instituto Cartográfico da Aeronáutica (ICA), Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG) e Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), foram as principais responsáveis pela execução da Cartografia Sistemática do País, objetivando mapear todo o território nacional, em escalas de 1:50.000 a 1:250.000.
Convenções cartográficas são uma série de códigos ou convenções, que são aceitos internacionalmente e criados pela necessidade de reproduzir com fidelidade em um mapa as características de determinado espaço. Por isso, um mapa geralmente pode ser compreendido independentemente do país em que foi produzido.
Os símbolos (figuras, desenhos, cores, linhas ou tracejados) dispostos no mapa têm a finalidade de reproduzir as características de um determinado lugar. Os rios, lagos, mares e oceanos, por exemplo, são representados pela cor azul; os