O espaço sociocultural da escola e seus personagens
Com a Sociologia vimos a importância de se entender a multiplicidade existente na escola: pessoas de diferentes idades, raças, credos e culturas...um imenso emaranhado de diferenças; diferenças essas que causam conflitos, desavenças, insatisfação, isolamento e como conseqüência reprovação. Estamos inseridos num sistema de extrema delicadeza. De um lado professores (muitas vezes despreparados) e de outro uma gama de alunos de todos os perfis: imaturos, dominadores da internet, apáticos, agressivos. O professor se vê num triste dilema: Como ministrar aulas para pessoas tão diferentes? Nesse contexto o professor se vale da reprodução, com vistas à possibilidade do novo – um mecanismo, podemos dizer, de falta de identidade. Juarez Tarcisio Dayrell relata com um incrível realismo, como se estivéssemos assistindo a um vídeo a rotina escolar de alunos de uma escola pública e na nossa mente vai se materializando cada gesto dos alunos e uma pergunta não pode deixar de ser feita: “Quem são estes jovens?’’ São alunos com vidas e trajetórias peculiares, que atribuem significados diferentes à escola e nesse aspecto surge uma grande oposição: a cultura erudita x a cultura popular, que é uma temática de extrema relevância para entendermos as diferenças existentes na comunidade escolar. Segundo Dayrell “são as relações sociais que verdadeiramente educam, isto é, formam, produzem os indivíduos em suas realidades singulares e mais profundas”. Se o professor não entender a singularidade de cada aluno ele estará, ainda que de forma inconsciente, reduzindo-o, anulando-o como ser potencial, como cidadão, capaz de contribuir de forma satisfatória para transformar a sociedade. Nos vídeos assistidos, todos sobre a temática educacional, com foco na indisciplina, os problemas parecem ser os mesmos, só muda o endereço de cada escola. Eles retratam de forma clara o cotidiano e até mesmo no Entre os muros da escola ( que é uma