o espaço agrario
Este trabalho tem por objetivo analisar a evolução do tamanho da população brasileira, de seu ritmo de crescimento, de sua estrutura etária relativa entre 1940 e 1991, assim como apresentar sua trajetória provável até 2020.
Dada a tendência do processo de declínio rápido e generalizado da fecundidade no Brasil e o que está sucedendo nos países desenvolvidos e em alguns do Terceiro Mundo que iniciaram antes este processo, é bastante realista supor-se que, ao final da segunda década do próximo século, a população do
País deverá apresentar níveis de fecundidade e mortalidade que, no longo prazo, lhe garantam taxas de crescimento em torno de zero. Discute-se, então, quando se alcançaria a situação de população estacionária. Esta análise foi elaborada com a preocupação de tornar mais claros alguns do elementos básicos da análise demográfica, de tal modo a contribuir para uma melhor compreensão da nova dinâmica demográfica brasileira.
QUEDA DA MORTALIDADE, ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL,
Entre 1940 e 1970 o Brasil experimentou um processo de rápido incremento demográfico, em virtude de seu alto crescimento vegetativo, não tendo as migrações internacionais exercido papel significativo. No período, a população passou de 41 para 93 milhões de pessoas, com taxa média de crescimento de 2,8% ao ano. Houve, inclusive, um aumento do ritmo de crescimento entre a década de quarenta e as duas seguintes, quando a taxa média anual passou de 2,4% para 3,0% e 2,9%, respectivamente. O aumento no ritmo de crescimento deveu-se exclusivamente ao declínio da mortalidade, com a esperança de vida ao nascer