O ENVELHECIMENTO UM OLHAR INTERDISCPLINAR

O ENVELHECIMENTO UM OLHAR INTERDISCIPLINAR – Neurociência e as Políticas Públicas de Saúde.

Apresentação

Este artigo, como trabalho acadêmico do Curso Pós-graduação em Neurociência Clinica, tem o esforço de contribuir, mesmo em nível teórico, para o entendimento do processo de envelhecimento analisado pela neurociência e a relação com as Políticas Públicas de Saúde, de modo particular na sociedade brasileira.

Há diferentes formas para definição de envelhecimento. Especialistas da área de saúde procuram abranger todas as vertentes possíveis para uma melhor compreensão da velhice, enquanto processo bio-psico-social. Pela vertente do social, o conceito de envelhecimento é uma construção social: como envelhecer bem? quais as diferenças biológicas, psíquicas e ambientais que influenciam no envelhecimento individual? Como as politicas públicas de saúde podem estar relacionadas e como tentar implementá-las de forma que possamos ter um envelhecimento ativo e/ou uma vida longa e saudável?

A velhice é uma temática imensamente complexa que requer uma análise mais aprofundada e detalhada nas múltiplas dimensões: a biológica, a psicológica, a cultural, a econômica, a política, entre outras, para se chegar a uma conceituação que melhor expresse essa realidade.

OS DIVERSOS CONCEITOS E PARADIGMAS DE ENVELHECIMENTO

Há uma certa dificuldade em delinear um conceito preciso do envelhecimento, dada as diferentes abordagens que tratam da questão e às especificidades próprias do processo de envelhecimento. A dificuldade primordial para categorizar a velhice consiste em querer enxergá-la como um estado biológico, do que um constante processo de permanente construção e reconstrução social e que leva a inúmeras subjetivações.

A questão da velhice é novo, tanto científica como socialmente falando. É o período etário do qual toda população de seres vivos passa e, vem se constituindo em objeto de estudos sistemáticos. Além disso, populações compostas por um