O envelhecimento populacional

A DROIT, Roger–Pol. A companhia dos filósofos. brandão. São Paulo: Martins Fonseca, 2002. (p.39-55).

“Em vez de ver os gregos como inventores. Seria melhor considerá-los como invenções [...] definiram as regras do jogo, delimitaram o terreno, fabricaram as peças do que se chamou de “filosofia”. Eles próprios pertencem a uma espécie de exercício essencial que a história do pensamento no Ocidente não cessou de praticar [...].”.
“veja os pré-socráticos. Esses primeiros pensadores são tidos como inventores de tudo, a física e as demonstrações de geometria, a exigência do verdadeiro e a retórica, as regras da razão, ás ciladas da aparência [...].”
“Os próprios textos deles não passam de fragmentos [...] Não temos de nenhum deles nenhuma obra inteira [...].”
“Deixe os arqueólogos com as suas lupas. Não se preocupe com o que foram ou deixaram de ser esses autores inclassificáveis [...].”
“O Obscuro. Já era esse, para os gregos, o apelido de Heráclito, que viveu em Éfeso [...] De fato como sua obra se perdeu, só conhecemos Heráclito através dos autores que o citaram, ás vezes a séculos de distância [...].”
“A sabedoria heraclitiana [...] Sua leitura segue duas linhas de força. A primeira é a unidade dos contrários e sua inseparabilidade. Sem a noite, o dia não existiria, assim como a justiça não é concebível sem a justiça. É essa para Heráclito, a lei do mundo[...].”
“[...] O segundo eixo maior é a impertinência de todas as coisas: tudo cede e nada se mantém firme”, “tudo fui”. O mundo e o próprio sujeito não passam de mobilidades ininterruptas e movimento incessante [“...]”.
“Demócrito também não é uma glória menor. Mas esquecem-no. Séculos a fio seu renome foi considerável [...]. Todos os pensamentos que recusam a providência e concebem o mundo como uma mecânica sem começo nem finalidades, pertencem á sua descendência [...].”
“[...] Demócrito sofre de um excesso de ciência: é vítima da ignorância dos outros, de seus preconceitos, de sua inconsistência.