O ensino fundamental de nove anos: E o lúdico agora?
Fui alfabetizada no início da década de 80 em uma escola estadual no bairro de Vila Mazzei, nesta época o método de ensino utilizado era o tradicional. E a alfabetização era através das cartilhas, a minha era a “ALÔ”. A minha professora da 1º série, foi a Dona Inês, está professora, já naquela época se preocupava com o lúdico. Digo isto, com base nos conhecimentos por mim, adquiridos através do CEFAM (magistério), das experiências de estágio, da profissão e do curso de pedagogia, ao qual ainda estou cursando, mas que me dão base para chegar a está conclusão ao me lembrar de suas aulas onde, ela trabalhava os conteúdos, através de brincadeiras, músicas, cantando, desenhando e colando, tudo isto sem perder o foco do objetivo e transformando a sua sala e aula em um ambiente lúdico. Para nós os alunos ir à escola e aprender era um prazer, porque ao passar pela porta adentro da sala de aula da Dona Inês, entravamos em uma brincadeira de aprender, onde neste universo de aprendizagem o lúdico imperava, nos fazendo aprender brincando. No final do ano letivo, estávamos praticamente todos nós alfabetizados, já mergulhando na leitura, onde para nós era mágico, o auge, poder juntar as letras e ler os gibis, os livros, as histórias, as revistas, os jornais, as placas, os nomes das ruas, etc. Acredito que para Dona Inês, não havia nada mais gratificante que perceber na evolução de seus pequenos alunos, o seu dever cumprido. Ao pensar nestas minhas lembranças da infância, consigo ter ainda mais consciência e clareza da importância do lúdico ao universo infantil e a grandeza de sua contribuição à alfabetização e letramento; ao ser introduzido no cotidiano da sala de aula e no universo do ensino e da aprendizagem que é a nossa área de estudo e atuação profissional. A partir desta minha percepção do lúdico e das vivências de estágio, nas escolas onde estive, venho percebendo as dificuldades que as professoras e as crianças estão sentindo nesta