O ensino de língua materna para ensino fundamental e médio alicerçado à corrente funcionalista: Pois a premissa maior é a interação
Vanessa Almeida Matias1
O ensino de língua portuguesa na sala de aula muitas vezes acaba se tornando uma tarefa árdua para o professor de língua materna, pois além do professor se deparar com todas as dificuldades que o sistema oferece, infraestrutura defasada, problemas salariais e alunos e pais pouco interessados com a educação, têm um grande agravante: qual linha de estudo seguir.
Muitos dos professores quando ingressam no curso de graduação em Letras têm a ingênua ideia de acreditar que irá aprender gramática normativa e nada mais, pois muitos dos seus professores, antes, de ensino fundamental e médio, não estabeleciam essa discussão acerca da especificidade de cada linha de pesquisa. Muitos dos alunos de língua materna, portanto, desistem do curso por se sentirem frustrados pela não abordagem primordial da gramática normativa.
Crê-se que nos cursos atuais de letras, esse confronto de ideias já é levantado, e de maneira bem significativa, claro que existe, às vezes, preferências por linhas de estudo entre alguns professores e consequentemente maior abordagem, mas ainda assim é feito. No entanto, quando o aluno deixa de ser aluno e passa a ser professor, ele se depara com o problema de não saber qual linha seguir na sala de aula com seus alunos de ensino fundamental ou médio.
O professor inicialmente se depara com o problema de definição de língua (linguagem), pois muitos trazem enraizados em si conceitos fechados que geralmente nem mesmo servem para sua didática em sala de aula. Deve-se pensar, antes de conceituar, que muitas das definições são arbitrárias, pois servem de maneira isolada e muitas vezes são descontextualizadas com o real. Corroborando com essa assertiva pensemos então na definição de Saussure que afirma a língua ser objeto de estudo, na de Chomsky, que a língua é inata ao ser humano e na vertente