O ENSINO DE ARTE
A educação tem sido palco de grandes transformações, principalmente no que diz respeito ao ensino de artes. Segundo os estudos de Arslan e Iavelberg, podemos contextualizá-la dentro de três conceitos que marcaram a história da educação: a escola tradicional, a renovada e a contemporânea.
Na primeira o que predominava era uma orientação neoclássica, inserida pela Academia de Belas-Artes no início do século XIX. Já a renovada traz para dentro da sala de aula, uma gama de técnicas e materiais a serem experimentados pelos alunos, focando mais no processo e no desenvolvimento criativo.
É nos anos 80 do século XX que a arte se aproxima das práticas sociais, e a cultura, os costumes são inseridos nos conteúdos a serem ensinados. As diferentes culturas transformam-se em objeto de estudo. Embora a escola não tenha abandonado totalmente os recursos tradicionais – como: lousa, giz, papel... (talvez por falta de condição) – os recursos tecnológicos foram incorporados no ensino, causando uma reorientação quanto aos procedimentos e técnicas.
Observando as modificações no ensino, podemos notar que as tendências renovada e construtivista são classificadas como escolas ativas, diferente da tendência tradicional onde o aluno não é visto como o centro e o sujeito de sua aprendizagem, mas sim, o que Paulo Freire denominou educação bancária, ou seja, o aluno é apenas um depósito.
São essas mudanças que geram significações que garantem a educação dos nossos jovens.
“O ensino de arte acompanha os movimentos da arte e da educação, refletindo o processo dinâmico que perpassa essas duas matrizes. Os paradigmas contemporâneos do ensino da arte são frutos de conservações e mudanças, preservações e substituições, significações e ressignificações de questões estéticas e educacionais como o papel da arte na escola e na sociedade...” (p. 03/ ARSLAN). As propostas educacionais que surgem a partir da década de 80 têm como objetivo levar o aluno a conhecer e vivenciar a