O enigma de Kaspar Hauser - fichamento
Livro: BLIKSTEIN, 1. O enigma de Kaspar Hauser ou a fabricação da realidade. São Paulo: Cultrix, 2010.
Capítulo I – Kaspar Hauser e o deciframento do mundo.
Kaspar Hauser viveu até os seus 18 anos em um sótão sem contato com ninguém. Ele aparece em Nurembergue e foi acolhido pelo criminalista Feuerbach.
Kaspar Hauser é assassinado e o crime hoje não se esclareceu.
A maneira que W. Herzog encontrou para estudar a fundo a história de Kaspar Hauser foi através do aparelho perceptivo-cognitivo que possuímos.
O quarto de Kaspar Hauser era todo desproporcional, era grande quando comparado.
“Vejo o filme de Herzog e ouço Bachelard:
O espaço habitado transcede o espaço geométrico.” (pp.16)
Conhecer o mundo através da linguagem, de signos lingüísticos é mais fácil do que conhecer o mistério que Kaspar Hauser tem em seu olhar.
Isso acontece, pois o significado do mundo pode romper antes do código da língua porque os significados são desenhados na própria percepção/cognição da realidade.
“Kasper Hauser: linguagem, mundo, realidade, percepção, significação, cognição...assim é que, procurando desvendar os enigmas do filme Herzog, fui sendo levado, pouco a pouco, a revisitar um antigo e problemático tema, situado num entroncamento por onde passam a lingüística, a semiologia, a antropologia, a teoria do conhecimento etc.: trata-se da relação entre língua, pensamento, conhecimento e realidade.” (pp.17)
O trecho acima faz referência de Kaspar Hauser de acordo com o filme de Herzog, explicando de que maneira pode-se desvendar os enigmas de Kaspar Hauser.
Capítulo II – Signo, significação e realidade.
Podemos compreender o significado de signo nestes dois trechos:
“Compreende-se então aquilo que chamo de signos: são as coisas que se empregam para significar algo.” (pp.20)
“Um signo é, com efeito, uma coisa que, além da impressão que produz nos sentidos, faz vir, por si mesma, uma outra coisa ao pensamento.” (pp.20)