O empirismo de david hume
David Hume é uma das figuras mais importantes do iluminismo escocês, sendo freqüentemente considerado como um dos maiores escritores e filósofos de língua inglesa. Juntamente com Locke e Berkeley, foi o fundador do empirismo moderno e, por seu ceticismo, o mais radical entre os empiristas.
Hume opôs-se particularmente a Descartes e às filosofias que consideravam o espírito humano desde um ponto de vista teológico - metafísico. Assim Hume abriu caminho à aplicação do método experimental aos fenômenos mentais. Sua importância no desenvolvimento do pensamento contemporâneo é considerável.
Teve profunda influência sobre Kant, sobre a filosofia analítica do início do século
XX e sobre a fenomenologia.
Hume era empirista, ou seja, acreditava que todo conhecimento provém da experiência. Mas, diferente de Locke, para quem a mente do homem, ao nascer, era uma "folha em branco" a ser preenchida pela experiência sensível, Hume era também cético a respeito de uma fundamentação para o que aprendemos com base na experiência. Para Hume, tudo aquilo que podemos vir a conhecer tem origem em duas fontes diferentes da percepção:
o Impressões: são os dados fornecidos pelos sentidos. Podem ser internas, como um sentimento de prazer ou dor, ou externas, como a visão de um prado, o cheiro de uma flor ou a sensação tátil do vento no rosto. o Idéias: são as impressões tais como representadas em nossa mente, conforme delas nos lembramos ou imaginamos. A lembrança de um dia no campo, por exemplo.
De acordo com o filósofo, as idéias são menos vívidas