o elo perdido
A passagem do Império para a República foi quase um passeio. Os vários grupos que disputavam o poder tinham interesses diversos e divergiam em suas concepções de como organizar a República. São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul defendiam a idéia da República federativa.
Os políticos mineiros sustentaram o modelo liberal. Os gaúchos eram positivistas sob o comando de Júlio de Castilhos.
Havia rivalidade entre o exército e a marinha, enquanto o exército tinha sido artífice do novo regime, a marinha era vista como ligada à Monarquia.
Existiam ainda diferenças pessoais e de concepções separando os partidários de Deodoro da Fonseca e de Floriano Peixoto.
A República deveria ter ordem e progresso e os defensores da República liberal não expressaram os interesses de uma classe social.
Em 1891 foi promulgada a primeira constituição seguindo os modelos americanos.
O governo federal não ficou destituído de poderes. Tanto os militares, quanto os Paulistas combateram o ultra federalismo que era sustentada pelos positivistas gaúchos.
A Constituição inaugurou o sistema presidencialista de governo. O Poder Executivo, que antes coubera a um Imperador, seria exercido por um Presidente da República.
Fixou-se o sistema de voto direto e universal. Foram considerados eleitores todos os cidadãos brasileiros maiores de 21 anos, excluídos os analfabetos, mendigos e praças militares. A Constituição não fez referência às mulheres, mas considerou-se que elas fossem impedidas de votos. O primeiro Presidente e Vice Presidente seriam eleitos pelo voto indireto. Estado e igreja passaram a ser instituições separadas. Deixou de existir assim uma religião oficial no Brasil. Uma lei veio completar, em 1893 esses, preceitos constitucionais, criando o registro civil de nascimento e falecimento das pessoas. Isso também facilitou a integração dos imigrantes, os imigrantes alemães não eram em sua maioria católicos, e sim protestantes luteranos.