O efeito das redes sociais na inteligência coletiva
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES
O efeito das redes sociais na inteligência coletiva
Um estudo sobre a legitimação dos grupos de referência virtuais na formação de militantes ativistas ocasionais
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
(PPGCOM/ECA/USP) – Mestrado
Teoria e Pesquisa em Comunicação
Comunicação e Ambiências em Redes Digitais
SÃO PAULO
2013
RESUMO
O efeito das redes sociais na inteligência coletiva – um estudo sobre a legitimação dos grupos de referência virtuais na formação de militantes ativistas ocasionais. Em tempos de manifestações sociais no Brasil, marcadas pela propagação viral de gritos de protesto que ganharam destaque no timeline das redes sociais, este projeto traz um estudo sobre as motivações por trás dos atos e coloca à prova teses anteriores que afirmam que indivíduos politicamente desinteressados não poderiam mudar seu status quo influenciados pela internet.
2
1 PROJETO DE PESQUISA
1.1 INTRODUÇÁO
No dia 20 de junho de 2013 o Brasil assistiu à um fenômeno que não era visto desde o Impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas para participar dos protestos em diversas cidades do país – o apoio da população chegou a 84% segundo pesquisa do IBOPE.
Não é objeto desta pesquisa tratar dos pleitos por trás de tais atos, tampouco da resposta do Governo às reivindicações dos manifestantes, e sim analisar o processo de propagação viral do movimento que tirou do comodismo virtual milhares de pessoas que, longe de serem militantes políticos ativos, decidiram se unir à massa nos protestos da vida real, “fazendo da rua um grande
Facebook” (Fattori, 2013).
O artigo intitulado “Protestos e Manifestações: Redes Sociais X Mídias
Tradicionais”, publicado em meio aos ataques (Ibed) faz uma reanálise da já sabida perda de credibilidade dos veículos de massa frente aos novos sistemas
midiáticos