O'DONNELL, Guillermo. Accountability horizontal e novas poliarquias. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, nº 44, 1998.
Interesse sobre Accountability horizontal surge de sua ausência.
As poliarquias da América latina nem sempre atendem a todos os critérios proferidos por Dahl:
1. Autoridades eleitas
2. Eleição livre e justas
3. Sufrágio universal
4. Direito de se candidatar nos cargos eletivos
5. Liberdade de expressão
6. Informação alternativa
7. Liberdade de associação
Lida com poliarquias com Accountability horizontal fraca ou intermitente.
Messes países a dimensão eleitoral de Accountability vertical existe. Ou seja, há eleições livres e justas. Há mídia livre e liberdade de opinião e associação.
Entretanto, as eleições, a Accountability vertical só ocorre de tempos em tempos (p28). Muitos autores questionam a efetividade dos mecanismos da Accountability vertical, mesmo em poliarquias institucionalizadas.
Muitas vezes as condições em muito novas poliarquias diminuem a eficácia da Accountability eleitoral (fragilidade de partidos, eleitores, temas pouco definidos, etc.), p29.
Reivindicações sociais também dependem do estado para serem efetivas. Não bastam existir.
Accountability vertical só assegura que os países são democráticos no sentido de que vão eleger os representantes e possuem liberdade de opinião e organização. Mas a Accountability horizontal frágil significa que os princípios liberais e republicanos são frágeis (p30).
Poliarquias são sínteses de três sistemas: democracia, liberalismo e republicanismo (p30).
Mas alguns princípios desses três componentes podem ser conflitantes. Por isso essa convergência é parcialmente contraditória.
Componente liberal: direitos inalienáveis.
Componente republicano: deveres públicos como enobrecedor. Interesse público antes do interesse privado.
Ambas tem separação privado e público, mas com implicações diferentes:
Liberal: esfera privada é mais importante. O Estado deve apenas garantir os