O Diário de um Motoqueiro
Duas regiões pecuaristas
O gado foi importante para a América portuguesa, por que serviu de alimento para a tração dos engenhos, e também foi responsável pela conquista e pelo povoamento. Do ponto de vista econômico, a criação de gado era tido como atividade secundária, pois inicialmente não possibilitou a exportação. No nordeste a criação de gado produzia em terras férteis, lugar com poucos rios e lagos secos. O governo Português incentivou a criação de gado no sul, sua ideia era povoar a região para entrada de mineração controlada pelos espanhóis.
A pecuária no Nordeste Nós entendemos que no nordeste, do inicio da colonização, portuguesa, era cultivada a cana-de-açúcar. No engenho os bois eram usados também como animais de tração e fonte de alimento. Com o tempo, os lucros estimularam o desenvolvimento da agricultura açucareira e passou a não ser conveniente utilizar as ricas terras do litoral, para manter o gado. Assim, novas e grandes pastagens fizeram-se necessárias e o sertão nordestino passou a ser ocupado pelas fazendas de criação. Numerosos povoados foram se organizando, a principio próximos á região litorânea e depois cada vez mais para o interior, não muito longe das fazendas, que acompanharam o curso dos rios. Na Bahia, os vaqueiros foram ocupando com seus rebanhos as áreas desde salvador até atingir o rio São Francisco, ainda por volta de 1650. Margeando o rio, em direção ao Sul, onde as fazendas de gado tiveram um desenvolvimento maior a partir do inicio do século XVIII, quando o povoamento da região das minas fez aumentar a procura de carne; de Pernambuco, partindo de Olinda, o gado espalhou-se, para o Nordeste, nas áreas que hoje correspondem á Paraíba e ao Rio Grande do Norte, chegando ao Ceará.
A pecuária no Sul As terras que hoje formam o Rio Grande do Sul e o Uruguai possuía uma grande