O discurso Lacaniano
Existem diferentes áreas de conhecimento, ou linhas teóricas para as questões psíquicas, diversas linhas de pensamento de como descrevê-las e também tratá-las. É nesse sentido que referir-se às manifestações psíquicas como “quadro clínico” ou “estrutura clínica” são coisas distintas: a estrutura clínica é o tema que será abordado neste trabalho referindo-se ao psiquismo, termo teorizado pela psicanálise.
FREUD
LACAN
ESTRUTURA
Não se referiu ao termo estrutura, mas afirmou inúmeras vezes que ainda não há, no ser humano quando nasce uma unidade comparável ao “eu”. Essa unidade só pode ser apreendida a partir de um esquema mental.
O esquema mental não é um dado natural, mas antecipado para um bebê por um Outro (aquele que ocupa a função materna) antes mesmo de sua capacidade motora se expressar.
SEXUALIDADE
No início da vida de cada bebê, há um tempo mítico em que ele tem suas necessidades todas satisfeitas pela mãe, e que seria o retorno a essa experiência de satisfação que o indivíduo buscaria pelo resto de sua vida, sem jamais encontrar.
Nomeia por gozo essa busca pela plenitude. O Outro não só fornece a imagem ideal do corpo, como também o marca perpassando-o pela libido.
DESEJO
Tem uma gênese empírica na perda da simbiose do bebê com sua mãe.
É a necessária relação do ser com a falta. Designou Simbólico (linguagem).
PALAVRA/LINGUAGEM
Deu à palavra sua importância para a criação e a dissolução dos sintomas.
Reconheceu a primazia do significante não para os sintomas, mas, sobretudo da constituição do aparelho psíquico.
Na teoria lacaniana, o aparelho psíquico é uma estrutura única composta pelo Real e pelos registros do Imaginário e do Simbólico. Estas três subestruturas clínicas referem-se às três formas diversas de defesa contra o trauma, contra o gozo. São elas: a neurose (castração), a psicose (privação) e a perversão (frustração).
A neurose (castração) é uma ação Simbólica que rompe com a ilusão de uma satisfação