O discurso do rei

Após o falecimento de seu pai, o rei George V, Paralelamente seu irmão mais velho, Edward VIII, cria uma situação inusitada na história da realeza britânica; apaixonado por uma mulher recentemente divorciada, ele cede aos seus caprichos e gradualmente abandona suas responsabilidades perante o trono, o qual assumiu após a recente morte do pai. Bertie que é gago, de repente é coroado rei George VI da Inglaterra. Com o seu país na beira de uma guerra e precisando com urgência de um líder, Elizabeth, sua esposa, procura um fonoaudiólogo nada convencional e sem muito sucesso profissional, Lionel Logue. No início ele resiste à terapia subversiva, mas aos poucos, quando sente os primeiros frutos deste tratamento, vai cedendo e abrindo espaço para uma convivência mais íntima com Lionel.
É neste cenário tempestuoso que Bertie se vê diante de um dilema fatal: como assumir a coroa, no lugar do irmão, e não ter condições de se dirigir a sua nação? De que forma, em um momento histórico tenso e aterrador, ele pode gaguejar diante do seu povo? mas, continua o tratamento com Logue, que passa ser seu amigo confidencial. No primeiro momento o rei fica arredio e se nega a falar de sua vida pessoal, mas, para o tratamento não ser apenas superficial, Logue precisa saber como desencadeou essa gagueira, se ele teve algum problema durante a infância. E com passar do tempo o rei fica mais a vontade para contar o que houve durante sua infância. Relata que seu irmão sempre foi o preferido, inclusive de uma babá que sempre que os levavam para ver os pais ela o beliscava para fazê-lo chorar e seus pais não ficarem com ele por muito tempo no colo. E só depois de três anos seus pais perceberam que o mesmo era mal tratado por pela babá. Já na sua adolescência sofria por causa do problema de fala e era muito criticado pelo seu pai e seu irmão e que sempre o imitava chamando o de B-Bertie. Além disso, era canhoto e tinha as pernas tortas, mas sob pressão do pai teve que aprender a usar a