O direito nas missões jesuíticas da américa do sul
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No ano de 1943, a cidade de Constantinopla, então capital do Império Bizantino, foi tomada pelos turcos, que instalaram o Império Turco. A cidade tinha uma localização privilegiada, pois ficava entre as principais rotas comerciais que ligavam a Ásia à Europa. O principal porto que ligava o Mar Mediterrâneo ao Mar Negro e por onde as trocas comerciais entre os dois continentes aconteciam ficava exatamente nessa região. Com a vitória dos turcos na guerra que culminou com a queda de Constantinopla, várias consequências afetaram o mundo ocidental, entre elas, o fechamento das rotas que davam aos europeus o acesso à Índia e China, de onde vinham as especiarias que eram usadas para conservar alimentos, além de artigos de luxo, e para onde o Velho Mundo destinava suas mercadorias mais valiosas. Com isso, o comércio entre Europa e os países orientais entraram em decadência, o que obrigou os países ocidentais a buscarem novas alternativas para chegarem até o Oriente. Começa, a partir daí, o período das Grandes Navegações, financiadas por reis. Devido à posição geográfica e a proximidade com o mar, Portugal e Espanha tentam uma rota ao redor da Europa para chegar à India. Cristóvão Colombo pensava em uma possibilidade de ir a oeste, por meio do Oceano Atlântico, o que o faz, em 1492, encontrar o continente americano. Com as Grandes Navegações e as conquistas de terra, Portugal e Espanha, tornam-se, no século XVI os países mais poderosos. Ao chegarem ao continente americano, os europeus encontraram povos nativos, os indígenas, com uma cultura totalmente diferente – considerada primitiva por portugueses e espanhóis – e que desconheciam qualquer coisa que ficava além das aldeias. Para ocupar e colonizar as novas terras, a dominação seria feita ou pela guerra – como diversos confrontos que aconteceram na América do Sul, que levaram à dizimação de povos, como os incas, maias e astecas - ou a catequização, na época uma das formas de “educar” os nativos e dar a