O diabo veste prada
Na minha primeira imprensão sobre o filme, achei que fosse mais um “filminho” qualquer, mas o que realmente temos é um filme bem produzido, com ótimas interpretações e textos, com um belíssimo cenário e com um tema muito interessante.
O humor do filme se origina nas crescentes e impossíveis exigências da chefa Miranda, e das tentativas de sua assistente Andréa em satisfazê-las. Apesar da leveza do filme, tem algo de interessante e sério a mostrar, que é a falsidade da personalidade no local de trabalho, e sobre quem as tolera.
Aquelas pessoas ambiciosas, chatas, temperamentais, aborrecidas, arrogantes e exigentes, sempre são postas como indesejadas. Principalmente se uma delas for o seu (sua) chefe (a). Dai para achá-la o próprio diabo que veio a terra pra infernizar e dificultar sua vida é um passo. Miranda é a "monstra" no filme.
Para aqueles que já trabalharam para um patrão indesejável em todos os sentidos, vão apreciarem esta leve e espirituosa comédia.
A protagonista do filme, Andréa, é uma jornalista recém formada, que vai para New York atrás de seu sonho de ser jornalista, mas que acaba como assistente da editora da tal revista de moda, já que a lenda é que esse trabalho abre qualquer porta depois. Determinada a vencer, ela agarra a oportunidade com unhas e dentes e só percebe o preço de sua escolha, quando vê seus relacionamentos acabarem.
Como conciliar mundos tão distintos, uma vez que desejar vencer como profissional não é nenhum crime? O filme não mostra claramente essa resposta, mas depois de visto o filme, não precisa ser nenhum gênio para saber interpretá-la da devida forma.
Miranda, é que dá um belo impulso ao filme e ha protagonista Andréa. Desde a sua primeira cena do filme até a última, ela esbanja beleza, charme e ousadia, e o mais importante, muita maldade no ar.