O Dia Do Amanhã
Quem já não ouviu o refrão: “negro de alma branca”, para definir um negro que se comporta de acordo com os padrões ditados pelos brancos.
Apenas a partir dos anos 20 e 30, no Brasil, apesar da abolição da escravatura ter sido em 1888, uma nova onda de nacionalidade incorporou a cultura afro-brasileira, à literatura, principalmente no Nordeste com Gilberto Freyre, Jorge Amado, Coelho Neto, Graça Aranha, Afrânio Peixoto. Até mesmo alguns escritores negros ou mulatos conseguiram galgar a barreira do preconceito e se destacarem, como Machado de Assis, Cruz e Souza, Henrique Castriciano, Atua de Souza, Luiz Gama (poeta afro-brasileiro).
Mas isso não foi suficiente para eliminar de vez com o preconceito, com o tratamento pejorativo às manifestações de origem afras. Aqueles que mantêm o preconceito parecem esquecer-se da grande importância da matriz negra para a formação da cultura e do povo brasileiro. A introdução de africanos no nosso país contribuiu não só na cultura como na formação do tipo físico brasileiro. O escravo africano exerceu uma influência preponderante na nossa formação, não obstante a visão negativista dos intolerantes.
Um dos aspectos mais destacados dessa influência é a religião, denominada Candomblé, Umbanda, ou mesmo Quimbanda – quando supostamente trabalha-se com magia negra – que se fundiram as várias formas de cultos, adaptando-se ou moldando a nossa religiosidade, de