O Desvendar a Cultura de uma Organização – Uma Discussão Metodológica Conceitualizando Cultura Organizacional
Conceitualizando Cultura Organizacional
As pesquisas de Janice Beyer e Harrison Trice, partiam de um conceito bastante usual de cultura na literatura administrativa: “rede de concepções, normas e valores, que são tão tomadas por certas que permanecem submersas à vida organizacional”, eles afirmam que “para criar e manter a cultura estas concepções , normas e valores devem ser afirmados e comunicados aos membros da organização de uma forma tangível”. Esta parte tangível, as formas culturais, constituem os ritos, rituais, mitos estórias, gestos, artefatos.
Para os autores, o rito se configura como uma categoria analítica privilegiada para desvendar a cultura das organizações. O rito consiste em um conjunto planejado de atividades, relativamente elaborado, combinando várias formas de expressão cultural, as quais têm consequências práticas e expressivas.
Tipos de ritos identificados por Beyer e Harrison:
Ritos de passagem – exemplo: o processo de introdução e treinamento básico no Exército Americano.
Ritos de degradação – exemplo: o processo de despedir e substituir um alto executivo.
Ritos de confirmação - exemplo: seminários para reforçar a identidade social e seu poder de coesão.
Ritos de reprodução – exemplo: atividade de desenvolvimento organizacional.
Ritos para redução de conflitos – exemplo: processo de negociação coletiva.
Ritos de integração – exemplo: festas de Natal nas organizações.
Para Schein, cultura organizacional é o conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.
Níveis de cultura de uma organização segundo Schein:
Nível de artefatos visíveis: o ambiente construído de