o deserto do saara
Os seres humanos vivem na extremidade do deserto há quase 500 mil anos. Durante a última glaciaçao, o deserto do Saara foi mais húmido do que é agora, e já possuiu densas florestas tropicais. Seu clima era tão diferente que recentes estudos revelaram que o Rio Nilo corria antigamente para o Oceano Atlantico em vez de desaguar no Mar Mediterraneo Uma mudança de poucos graus no eixo de rotação terrestre causou, há cerca de 10 mil anos, uma grande transformação climática gerando o Saara. Essa alteração, segundo alguns cientistas, gerou as condições necessárias à formação da civilização egípcia quando obrigou pessoas que já haviam desenvolvido formas de vida sedentárias e tradições históricas a se deslocarem para o leito atual do Rio Nilo. O deserto é rico em história, e diversos fósseis de dinossauros e outros animais bem como resquícios de diversas civilizações já foram encontrados ali. O Saara moderno geralmente é isento de vegetação, exceto no vale do Nilo, em poucos oasis, e em algumas montanhas nele dispersas.
Reino garamantes Os garamantes foram um povo do deserto do saara que empregou um elaborado sistema subterrâneo de irrigaçao, e fundou um próspero reino berbere na região de Feza, atuais Tunísia e Libia. Constituíram-se num poder regional entre 500 a.C.e 700 d.C.
A informação documental a seu respeito é escassa. Até mesmo o nome "garamantes" foi o nome grego que os romanos posteriormente adotaram. A informação disponível provém, principalmente, de fontes gregas e romanas, assim como de escavaçoes arqueologicas na região, embora extensas áreas de ruínas ainda permaneçam por escavar. Uma outra importante fonte de informações tem sido a abundante arte rupestre, muita da qual aborda a vida antes da ascensão do reino.