O desenvolvimento Sócio-Econômico do DF e Macrorregião
A criação do Distrito Federal mudou o perfil de desenvolvimento do Centro-Oeste. Segundo dados da Secretaria de Planejamento e Coordenação do Governo do Distrito Federal, antes de 1960, o produto interno bruto do DF representava apenas 2,5% do PIB nacional, hoje esse percentual quase triplicou e chega a 6,5%. Antes de 1950, a renda média per capita do Centro-Oeste era 50% menor do que a renda média nacional. Hoje, é igual à do Brasil. O crescimento da região foi positivo e acima da média nacional em todos os setores econômicos. As exportações representavam, no início da década de 90, 1,8% das exportações brasileiras. Em 2002 esse percentual subiu para 4,8%.
Os impactos da construção de Brasília não se restringiram apenas aos indicadores econômicos. A multiplicação e a expansão da rede de transportes, a reorientação de fluxos migratórios e o crescimento da malha urbana transformaram o perfil de ocupação do Centro-Oeste de uma maneira geral e da região do Planalto Central, em particular.
Brasília surgiu em uma era de transição em que o Brasil deixava de ser rural para tornar-se um país urbano. Nesse período, meados do século XX, a nação como um todo passava por mudanças, principalmente na constituição de novos espaços de exploração. Um exemplo foi a expansão da fronteira agrícola para as regiões Norte e Centro-Oeste. Paralelamente, houve também uma expansão da fronteira urbana. Goiânia e Brasília são exemplos desse processo de mudanças que ocorreu em escala nacional. Essas cidades tiveram importância ímpar em todo esse processo de integração e desenvolvimento do país (Leme, 2003). A capital federal teve, durante décadas, um crescimento demográfico considerado alto, formando um aglomerado que extrapolou as fronteiras políticas do Distrito Federal (DF). Contudo, não houve apenas uma dissolução em relação à influência da cidade perante as outras, em Brasília houve também uma dissolução territorial, ou