O desenvolvimento infantil e as teorias de aquisição da linguagem
De acordo com a autora Maria Vilani Soares o desenvolvimento infantil e as teorias de como a criança adquirem a linguagem vêm sendo estudadas e discutidas a mais ou menos quatros décadas. Dentre os modelos teórico–metodológicos desenvolvidos, encontra-se o modelo de abordagem comportamental (behaviorismo), teoria formulada por Watson, considerado pai do behaviorismo, e seguida por Skinner.
Os estudos de Skinner foram sempre voltados para o comportamento e acreditava na possibilidade de controlar e moldar os comportamentos humanos, compreendidos como um conjunto de reações do organismo aos estímulos externos.
No que diz respeito à aquisição da linguagem, a teoria behaviorista parte da idéia de que a criança é uma “tabula rasa”, ou seja , nada traz consigo, aprende a linguagem por meio da experiência com o meio e a interação com o outro, onde o adulto tem papel importante, pois se torna provedor de modelo de palavras e frases.
A criança desenvolve seus conhecimentos de linguagem por meio de estímulo-resposta, imitação e reforço.
Contrariando tais idéias surge a Abordagem Inatista, onde o ser humano nasce com uma capacidade inata no cérebro para adquirir linguagem. O indivíduo é provido de uma gramática universal inata que vai tomando forma conforme seu desenvolvimento.
Segundo Chomsky, defensor da teoria inatista, a criança tem um dispositivo de aquisição de linguagem (DAL) inato que é ativado a partir de falas, frases ou orações produzidas pelos adultos (INPUT) e gera como resultado a gramática da língua a qual a criança está exposta.
Influenciado pelo interacionismo, Piaget também defende a idéia de que a linguagem é adquirida através da experiência da criança com o meio físico e que a aquisição da linguagem se prende com a evolução psicológica da criança, portanto não é inato e aparece de acordo com o nível de desenvolvimento, onde a criança atinge um grau maior de inteligência,