O Desenho Infantil E A Avalia O Psicopedag Gica
INTRODUÇÃO
Ao realizar o estágio de atendimento clínico psicopedagógico, me deparei com experiências que me instigaram a aprofundar-me sobre o desenho da criança e a avaliação do psicopedagogo, bem como os instrumentos que o mesmo utiliza para esta avaliação. Nos encontros de cada sessão com duração de uma hora e meia, analisei minuciosamente as estratégias realizadas com a criança. Durante a realização do estágio, me deparei com as seguintes indagações: de que maneira o desenho infantil colabora no desenvolvimento e no diagnóstico psicopedagógico?
Como interpretar, analisar e avaliar o desenho da criança psicopedagogicamente e quais os instrumentos metodológicos que possibilitarão ao psicopedagogo avaliar estes desenhos bem como seus significados?
O momento em que foram aplicadas as provas projetivas de Jorge Visca, revelou-me dados importantes e essenciais para que eu pudesse chegar até o foco do problema, ou seja, da dificuldade de aprendizagem, a qual estava relacionada ao seu par educativo. Pensando nisto, escolhi este tema para que através de uma criteriosa pesquisa pudesse esboçar o quanto o desenho da criança pode cooperar ao psicopedagogo em sua avaliação, pois através do mesmo é possível analisar em relação à criança seus sentimentos, ela cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade.
O desenho representa, em parte, a mente consciente, mas também, e de uma maneira mais importante, faz referência ao inconsciente, sem perceber, a criança transporta seu estado anímico ao papel (BÉDARD, 2009).
A criança muitas vezes não consegue falar sobre seus problemas, sendo assim o desenho é um grande aliado para que seja revelado à causa da dificuldade, quando a mesma houver, colaborando no desenvolvimento e no diagnóstico psicopedagógico. Segundo Mèredieu (2006, p.38)
Assim que descobre a possibilidade de representar o real por meio de signos, a criança contenta-se geralmente em desenhar objetos e