O descaso dos governos municipais

O descaso dos governos municipais, estaduais ou federais com a educação é alarmante. Escolas em condições precárias, salas de aula superlotadas, faltam professores qualificados, baixos salários para os que nela trabalham e jornadas cansativas. Infelizmente essa é a triste realidade das escolas públicas no Brasil. Não é por acaso que nosso país ostenta, em pleno século XXI, índices inaceitáveis de analfabetos absolutos.
E a pergunta a se fazer é que consequências o modelo atual de educação, de descaço, deixará nas gerações futuras?
Não podemos afirmar com certeza, mas, deixará marcas indestrutíveis na personalidade de cada um que passou por este modelo de escola, pois concretiza a sensação de fracasso e tem na individualização da culpa e no sentimentalismo exagerado de cada um o discurso de se chegar ao fim de um período de estudos sendo rotulado como qualquer coisa.
Crianças, jovens adolescentes e adultos, que se servem da escola pública, são avaliados como não preparados. A questão é, preparados para o que? Se estivermos falando da preparação para a promoção social, não será este modelo que ai esta que levará as classes menos favorecidas a autonomia intelectual. Ao contrario disso, esta educação, é “típica da abstrata e vazia democracia”.
Por outro lado, ocorrem os avanços da ciência e das tecnologias que foram separados das condições materiais de vida da maioria das pessoas e não determinaram o avanço social da maior parte da população. Essa tecnologia nas escolas não tornam as pessoas capazes de refletir sobre as questões que afligem a humanidade, distanciando a mediação entre os seres em geral. Não é o caso aqui de negar a utilidade das descobertas humanas, do avanço da escola do futuro e nem fazer apologia a uma volta do trabalho manual, embora ele seja interessante para o desenvolvimento motor das pessoas, ele esta fora de uso nas escolas.
Se a questão da materialidade do ensino/aprendizagem for mais bem entendida e construirmos um modelo que atenda as