O Desafio de despoluição da Baía de Guanabara
Para explicar esse histórico tão negativo da Baía, é preciso saber que, na época em que era habitada pelos índios, durante mais de 8.00 anos, antes do início da colonização, esses povos tinham uma ótima e harmoniosa relação com a natureza, utilizando as águas da Baía para pescar, e se banhar. Iguaá-Mbara (iguaá = enseada do rio, e mbará = mar), ou então guana ("seio") bara ("mar"), "mar do seio", era como se referiam à Baía, por conta de seu formato arredondado e à fartura de pesca que esta proporcionava.
Porém, com a chegada dos exploradores portugueses, esse quadro harmônico mudou: A proteção dada pela Baía de Guanabara aos navios veleiros foi, sem dúvida, a razão da permanência do europeu nessa região, além da disponibilidade da madeira - principalmente pau Brasil -, e da mão-de-obra indígena. A situação geográfica da baía foi determinante ao surgimento do Porto do Rio de Janeiro e também da atividade naval no interior da Baía de Guanabara.
Com a Carta Régia de Abertura dos Portos, o Porto do Rio de Janeiro passou a receber um maior número de embarcações.A descoberta de ouro em Minas Gerais também foi um fator determinante para o aumento da construção de portos para facilitar o transporte.
E, com a importância dessa região na economia e na cultura do país os problemas ambientais e prejudiciais ao mesmo, foram se intensificando, prejudicando a vida da população. Esses problemas foram criados durante cinco séculos de ocupação da região, primeiro atendendo aos interesses do sistema colonial português e, após a independência política do Brasil em 1822,