O desafio da educação inclusiva
RAMOS, Paulo. Educação Inclusiva: Histórias que (Des) Encantam a Educação. 3. Ed
Blumenau: Odorizzi, 2012.
A inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da educação escolar e para o benefício de todos os alunos com e sem deficiência. O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. Esta é uma meta que requer muita inovação e esforço, pois significa acolher a todos e a cada um dos alunos possibilitando maior equidade para o desenvolvimento de sociedades inclusivas.
Numa sociedade de individualismos, reconhecer, ou melhor, conhecer o outro que se constrói no contexto dessas relações é muito difícil. E esta relação é percebida também nas escolas onde dificuldades de aprendizagem são estigmatizadas, onde o conhecimento nem sempre está ao acesso de todos e onde se prioriza um padrão normal de desenvolvimento. Apesar das escolas se preocuparem com questões como a inclusão, ainda tem permanecido a dificuldade no entendimento acerca da diversidade. Mas como colocar no mesmo espaço demandas tão diferentes e específicas? A política de inclusão não consiste somente na permanência física desses alunos na escola; mas no propósito de rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a diversidade desses alunos, exigindo assim, que a escola crie espaços inclusivos. Dessa forma, a inclusão significa que não é o aluno que deve se moldar ou se adaptar à escola, mas a escola consciente de sua função que se coloca a disposição do aluno.
Para incluir a escola precisa, primeiramente, acreditar no princípio de que todas as crianças podem aprender e que todas devem ter acesso igualitário a um currículo básico, diversificado e uma educação de qualidade. É necessário ainda políticas públicas e uma nova mentalidade social para assegurar o sucesso e a igualdade de direitos. Dentro desta