O deficiente auditivo e sua inclusão na escola
A criança que ouve aprende e convive com a língua utilizada por sua família, favorecendo a aprendizagem e seu desenvolvimento. A criança com deficiência auditiva não têm esse aprendizado, principalmente quando os pais são ouvintes. As crianças deficientes auditivas permanecem então, aprendendo a “linguagem” de forma fragmentada e incompleta sem passar muitas vezes da fase de decodificação de mensagens. O aprendizado da Língua Brasileira dos Sinais – Libras proporciona o domínio que a criança deficiente auditiva precisa para o alcance da aprendizagem e a compreensão de mundo de que ela precisa para inserção na escola regular. Entretanto a inclusão escolar para portadores de necessidades especiais muitas vezes não passa de uma proposta educacional “sugestiva”. Este trabalho visa apontar e descrever aspectos físicos, sociais e educacionais relacionados à criança deficiente auditiva.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 HISTÓRIA DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Desde a antiguidade, havia exclusão de pessoas deficientes entre a sociedade, muitas vezes chegavam ao extremo de matar as crianças que nasciam com algum tipo de necessidade especial, e crianças surdas eram grandes alvos dessa atitude. (Hoemann, Harry 1983) Na antiguidade chinesa os surdos eram lançados ao mar. Os gauleses os sacrificavam ao deus Teutates. Em Esparta os surdos eram jogados do alto dos rochedos. Em Atenas eram rejeitados e abandonados nas praças públicas ou nos campos. (Hoemann, Harry 1983) A surdez era confundida com a mudez, pois para a sociedade se não há fala, não tem como desenvolver Inteligência (pensamento), por isso que os surdos eram rejeitados pela sociedade, sacrificados como oferendas a deuses, atirados ao mar ou do alto de penhascos e rochedos, considerados pessoas “vazias”, sem almas. Aristóteles falava que a linguagem era o que dava condição de humano ao indivíduo. Para os Romanos, os surdos que não falavam não tinham