O Declínio da Produção de Alumínio no Brasil
O grande consumo mundial de alumínio, que alcançou 36.900.000 de toneladas em 2009, mostra o quanto o metal é importante na indústria moderna. É hoje o metal mais consumido dentre os não ferrosos. Suas propriedades, como leveza, alta condutividade elétrica, grande resistência a corrosão e baixo ponto de fusão, permitem que seja utilizado de forma extensiva para a produção de diversos itens, tais como ligas metálicas, laminados e extrudados. Assim, este metal é utilizado como matéria-prima para diversos produtos, além de criar soluções para outros mercados, como o setor automotivo e de construção civil. Sua obtenção na forma metálica segue um processo que se inicia, usualmente, na mineração da bauxita, seguida do seu beneficiamento. A bauxita beneficiada segue para a refinaria, onde passa por tratamento químico para a extração das impurezas, dando origem a um produto intermediário denominado alumina. A etapa final consiste em transformar a alumina em alumínio primário, na forma metálica, por meio da eletrolise, gerando o lingote de alumínio e, na seqüência, seus produtos transformados. A bauxita no Brasil tem 98% de sua produção destinada às refinarias de alumina, enquanto que o restante é destinado à indústria de produtos refratários e químicos. As empresas produtoras de bauxita metalúrgica são integradas produzindo desde o minério (bauxita), que segue para as refinarias onde é produzida alumina e posteriormente alumínio primário. No Brasil, em 2010, foram produzidas de 31,7 milhões de toneladas de bauxita, 9,5 milhões de toneladas de alumina e 1,54 milhões de toneladas de alumínio. Apesar da grande atratividade para a produção de alumínio, o setor reduziu em 10% a capacidade produtiva no país nos últimos seis anos. Hoje os principais fabricantes de alumínio, são unânimes ao afirmar que o Brasil está fora do mapa mundial para se produzir o metal competitivamente, dentro das condições atuais. O problema é o elevado