o debate do desconhecido-antropologia
Para iniciarmos um estudo aprofundado sobre qualquer conteúdo devemos primeiramente buscar suas origens e afins, e o qual este texto nos propõe, uma abordagem da” Pré-História da Antropologia”. Logo no início do texto somos chamados a uma reflexão que desde o século XVI e até hoje ainda intriga estudioso e meros curiosos da sociedade atual: Aqueles que acabaram de serem descobertos pertencem à humanidade? Esse questionamento deve-se principalmente a questão religiosa, na qual desde os tempos do descobrimento, pois a consideração era que quem possuía religião era integrado no contexto humano e era considerado civilizado, o que poucos sabiam que já acontecia dentro destes grupos de povos então considerados “Não humanizados” ao qual são defendidos nesta época pelo dominicano Las Casas e o jurista Sepulvera, que juntos sintetizam que: “Aqueles que acham quem os índios são bárbaros, respondemos a estes que, estas pessoas têm aldeias,vilas,cidades,reis,senhores e uma ordem política que, em alguns reinos, é melhor que a nossa. Esses povos igualavam ou até superavam muitas nações”. “Aqueles que superam os outros em prudência e razão, mesmo que não sejam superiores em força física, aqueles são, por natureza, os senhores; ao contrário, porém, os preguiçosos, os espíritos lentos, mesmo que tenham as forças físicas para cumprir todas as tarefas necessárias, são por natureza servos, de modo que graças à virtude destas e à prudência de suas leis, eles abandonem a barbárie e se conformem a uma vida mais humana e ao culto da virtude”. Poderemos nos deter nesse momentos a duas concepções de classificação: A figura do mau selvagem e do bom civilizado e a figura do bom selvagem e do mau civilizado a qual vão abrir nossas mentes para este questionamento. A figura do mau selvagem sinteticamente nos expõe que, a extrema diversidade das