O código hamurabi
Abrangendo temas tão diversos quanto a antiga culinária da região, o advento do monoteísmo e a influência da mitologia do Antigo Oriente
Próximo na redação da narrativa bíblica do
Dilúvio, seus textos têm como fio condutor a influência que os usos e os costumes dos povos daquela região tiveram no desenvolvimento da nossa civilização.
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O famoso Código de Hamurábi foi publicado por esse grande rei da Babilônia (1792-1750 a.C.) que transformara seu país em um reino unificado, sólido e permanente. Em cerca de 3.500 linhas de um texto artisticamente gravado sobre uma alta estela de pedra negra (2,25 metros de altura e
1,90 metro de circunferência na base), uma das jóias da coleção de antiguidades orientais do Museu do Louvre, os 282
"artigos" de sua parte central são também enquadrados por um prólogo e um epílogo, em alto estilo lírico, por meio do qual o soberano se apresenta com seus êxitos e sua glória, entre os quais ressalta sua proclamação da parte "jurídica".
Dessa última, cerca de quarenta artigos foram marcados, na parte inferior da face frontal da estela, pelo rei elamita que, por volta de 1200 a.C., no decorrer de uma incursão vitoriosa à Babilônia, a tomara como troféu e queria acrescentar-lhe uma inscrição de sua lavra. A descoberta desse monumento, em 1902, pelos escavadores franceses de Susa, no sudoeste do Irã, causou grande alvoroço: pensando do ponto de vista da Bíblia, acreditou-se ver ali o ancestral e o modelo de sua legislação, além do próprio "Código das leis" em vigor na Mesopotâmia antiga. (...)
Não é possível encontrar ali o que nós entendemos por leis e códigos, termos que, por outro lado, não têm nenhum
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correspondente no vocabulário local, nem em acádio nem em sumério, o que sugere,