O CURRICULO FUNCIONAL PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL I DA REDE REGULAR

INTRODUÇÃO

Este trabalho de pesquisa bibliográfica com o tema: “O currículo funcional para a criança com deficiência intelectual no ensino fundamental I na rede regular”, tem por objetivo geral sugerir argumentos para que se tenha clara a necessidade de tornar os conteúdos curriculares de caráter funcional e prático, levando em conta as características individuais do aluno com deficiência intelectual.
Para levar a termo este propósito estabelecemos por objetivos específicos proporcionar atividades educativas e indicar estratégias aos educadores para o desenvolvimento de habilidades funcionais e conhecimentos que serão importantes para tornar a pessoa com deficiência intelectual independente e produtiva, conforme suas possibilidades na sua vida escolar, familiar e social.
Além disso, a partir das informações colhidas neste projeto pretende-se apresentar elementos que possibilitem auxiliar o professor na tarefa de elaborar estratégias de ensino-aprendizagem de modo significativo para cada aluno inserido na rede regular.
Jano, deus romano que deu origem ao nome do mês de Janeiro, é figurado na mitologia com duas cabeças representando os términos e os começos, o passado e o futuro. (CIVITA, 1973, P.692). Pode-se contemplar esta simbólica dupla face de Jano estampada no nosso “pais do futuro”, no pensamento atual de Carneiro em artigo denominado “Deficiente é a Inclusão Social”1.
Para este autor, embora o Brasil seja signatário da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, os brasileiros são preconceituosos e hipócritas ao julgarem o deficiente “não pelo valor humano do seu olhar, mas pelas formas físicas que os diferem da média”.
E questiona ainda: “Como as crianças deficientes podem ser educadas adequadamente com uma preocupante lacuna de educadores despreparados para responder às suas necessidades específicas?”.
Esta mesma inquietação nos move a produzir as reflexões que o leitor tem ora em mãos a partir da problematização: