O Curr Culo De SP E As Teorias Tradicionais
Conforme a teoria tradicional, o currículo deveria conceber uma escola que funcionasse de forma semelhante a qualquer empresa comercial ou industrial. Sua ênfase estava voltada para a eficiência, produtividade, organização e desenvolvimento. O currículo deveria ser essencialmente técnico e a educação vista como um processo de moldagem. O objetivo da escolarização de massa era formar trabalhadores especializados ou uma educação geral: ensinado a habilidades básicas de escrever, ler e contar, e quais habilidades práticas necessárias para a ocupação profissional com eficiência na vida adulta. A teoria tradicional procura ser neutra, tendo como principal foco identificar os objetivos da educação escolarizada, formar o trabalhador especializado ou proporcionar uma educação geral à população. Essa teoria teve como principal representante Bobbit, que escreveu em 1918, o livro que iria ser considerado o marco sobre a afirmação do currículo como campo especializado de estudo: The curriculum. Este livro foi escrito em um momento no qual, diversas forças políticas, econômicas e culturais procuravam envolver a educação de massas para garantir que sua ideologia fosse garantida. Sua proposta era que a escola funcionasse como uma empresa comercial ou industrial.
De acordo com Bobbit, o sistema educacional deveria começar por estabelecer quais são seus objetivos. Esses objetivos, por sua vez deveriam se basear num exame daquelas habilidades necessárias para exercer com eficiência as ocupações profissionais da vida adulta.
O modelo de currículo de Bobbit se consolidou em um livro de Ralf Tyler, publicado em 1949, cujas ideias estabelecidas iriam dominar o campo do currículo nos Estados Unidos e em diversos países incluindo o Brasil, durante quatro décadas. Os estudos de Tyler sobre currículo se tornaram decididamente estabelecidos em torno da ideia de organização e desenvolvimento do currículo, que deveria responder quatro questões