O cuidado humanizado ao cuidador

A história do cuidado humano e a história da Enfermagem como ciência tem uma ligação importante. O exercício do cuidar constitui um instrumento que permita a humanização da assistência ao cliente, mas nunca o cuidado ao cuidador. (DAMAS; MUNARI; SIQUEIRA, 2004). O profissional de saúde desempenha suas atribuições que são distribuídos em categorias como médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, entre outros. Cada um representando a sua respectiva ciência, buscando compreender os "enigmas" das doenças e agravos que acometem a vida humana. No entanto, tais caminhos em busca da saúde, às vezes, são tortuosos, tanto para o doente quanto para o profissional de saúde. (OLIVEIRA; MAIA, 2008).

Um profissional de saúde é uma pessoa que sofre profundas modificações como conseqüência de treinamento especializado, do conhecimento e da experiência; são pessoas diariamente expostas à dor, à doença e à morte, para quem essas experiências não são mais conceitos abstratos, mas sim, realidades comuns. As exigências laborais nos serviços de saúde pública transcorrem desde a produtividade, até a disponibilidade, eficiência e agilidade. De acordo com Oliveira e Maia (2008), o número de profissionais é insuficiente à demanda e os salários são pouco atrativos, por muitas vezes o profissional acumula dois ou mais empregos para poder se manter, então a sobrecarga no trabalho é uma constante, tendo como conseqüências baixa produção, insatisfação, aumento do custo operacional, dificuldades de substituições nas escalas já firmadas e o estresse que está vinculado a administrar o peso da responsabilidade profissional, lidar com situações difíceis e problemáticas geradas pelas pessoas. Tais fatores dificultam não só a qualidade da assistência, mas também trazem prejuízos à qualidade de vida deste trabalhador.

Diante do exposto, podemos ver que o foco da atenção sempre foi mais voltado para o cuidado do outro, ou seja, o ser