O cristianismo no império romano
Enquanto o Império pagão fora tolerante, o cristianismo era intolerante perseguindo pagãos, cristãos considerados heréticos e judeus. Roma, de fato, fora no início do Cristianismo relativamente tolerante - se perseguira pontualmente grupos como os cristãos fora por motivos muito específicos. A recusa dos cristãos em aceitar oculto da divindade do imperador foi com toda probabilidade a base jurídica da perseguições que se seguiram.
Depois das dificuldades do século III, vários imperadores procuraram centralizar mais o estado, obter um maior controle dos cidadãos para que deste modo fosse mais fácil mobilizar recursos humanos e financeiros para defender o fragilizado império, e unificar o império em torno de uma ideologia. Com Constantino I tornou-se o cristianismo a religião a obter esse monopólio.
O cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano no ano 380 por ordem do imperador Teodósio I, que tomou a medida numa lei conhecida como Édito de Tessalônica. Antes disso, os cristãos foram, durante muito tempo, impopulares em Roma por não adorarem o imperador e sim outro tipo de rei - Jesus -, o que era encarado como um ato subversivo. Mesmo gerando antipatias - e até perseguições, como no reinado de Nero entre os anos 54 e 68 - eles foram tolerados nos primeiros séculos de vida de sua religião. Com a decadência do império no final do século II e a ameaça de invasões bárbaras, iniciou-se outro período de dura perseguição aos cristãos, que se recusavam a servir no exército romano. Mas nem isso impedia o cristianismo de ganhar seguidores, tornando-se logo a crença mais popular no império. Percebendo a força crescente da religião, o imperador Constantino I resolveu usá-la