O Crime da Mala
Por Douglas Nascimento — 28/01/2015
Atenção: Algumas imagens publicadas neste artigo são fortes e não são recomendadas para pessoas sensíveis.
Os crimes que hoje são mostrados nos programas policiais popularescos de televisão parecem ser coisa recente em nosso cotidiano, mas basta olhar em nossa história para observar que crimes hediondos e cruéis são acontecimentos frequentes em nossa linha do tempo.
Como muitas destas tragédias causam imensa comoção, é até bastante comum que algumas das vítimas se transformem em figuras de culto e adoração. E foi o que aconteceu com a vítima daquele que é um dos crimes mais lembrados da história paulistana e brasileira no século 20: Maria Fea.
VIDA E MORTE:Casada com Giuseppe Pistone em Buenos Aires em 1925, a bela e jovem Maria Fea jamais suspeitaria que seu marido no futuro seria seu algoz.
Tudo aconteceu outubro de 1928, quando após descobrir que seu marido pretendia extorquir um primo, que lhe oferecera sociedade em um negócio, Maria Mercedes Fea decidiu escrever uma carta a sogra, contando o que estava acontecendo.
Entretanto antes dela enviar a carta, seu marido, Giuseppe Pistone, conseguiu lê-la e foi tirar satisfações com a esposa. O casal discutiu feio e Pistone partiu para a agressão, sufocando-a com um travesseiro. A jovem mulher, de apenas 22 anos, não resistiu e morreu.
Desesperado e sem saber o que fazer com cadáver da esposa, Pistone toma uma decisão cruel. Decide colocar o corpo de Maria Féa em uma mala e despachá-la para França, precisamente para a cidade de Bordeaux. Para isso, vale-se de nome e endereços falsos, enviando o objeto para uma pessoa fictícia, chamada Ferrero Francesco.
Contudo, quando a mala era içada para dentro do navio a grua não aguentou o peso dela e de outras malas e acabou rompendo o cabo que a levantava, derrubando-a junto com as demais. Foi ai que uma pequena fresta revelou-se, escorrendo sangue e liberando um forte cheiro pútrido. A polícia é acionada, e ao